relógio

quarta-feira, 16 de maio de 2012

YEKATERINBURG BOK3AL - CHECKOUT


Todas as malas prontas, saímos do hostel de Yekaterinburg na madrugada do dia 14. A recepcionista tinha nos dito que poderíamos esperar na frente da porta do hostel, pois o taxi iria até nós. Há, porém, uma cancela para chegar até lá. A recepcionista tentou, então, ligar para a portaria da cancela para dar permissão ao taxista, mas sem sucesso. Tivemos que dar a volta no prédio e encontrar com o taxi, o carro já estava nos esperando, isso era 00:30 em Moscow, 2:30 da manhã em Yekaterinburg. Entramos no taxi e fomos até a estação de trem, 5 minutos.





Entramos na estação e começou novamente a dificuldade com a linguagem. Não sabíamos onde eram as plataformas, vimos um túnel onde estavam chegando pessoas, mas não sabíamos se ali só chegavam ou também partiam passageiros. Deixei Célia com as bagagens e fui até o andar de cima da estação, rezando para  que não fosse ali, pois teríamos que carregar as bagagens pelas escadas. Entrei em um salão de espera, onde havia um painel com o número dos trens, origem e destino, horário, plataformas e portões. O nosso estava lá, era o de número 20, partia às 2:01 (horário de Moscow; 4:01h, horário de Yekaterinburgo). Eram 3:00h.




Ao entrar neste salão, à minha esquerda havia um balcão e uma mesinha, com uma senhora loira de olhos azuis, com a cara séria, Russa, é claro, e um guardinha da estação. Dei alguns passos para dentro do salão e escutava "China, China", mais alguns passos e olhei para trás, era para mim o chamado. Voltei ao balcão e a senhora loira falou para mim sei lá o que em russo. Eu respondi: "nieponimaiu", "brazili", "train", "irkutsk" (não entendi, basileiro, trem, irkutsk - em russo). Deram risadas, tanto a loira quanto o guardinha. No meio das frases da loira, entendi algo como "Biliet". Fiz gestos que iria pegar minhas bagagens e saí.

Encontrei-me com Célia no andar de baixo, lamentando ter acertado sobre onde teríamos que esperar, peguei as bagagens e lá fomos nós escadas à cima. Para nossa sorte, em todas as escadas das estações de trem e de metrõ, no cantinho esquerdo, há duas rampinhas com uma escadinha no meio, justamente para puxar as malas por alí, colocar as rodinhas das malas nas rampinhas e pisar na escadinha do meio. Mas como nem tudo que reluz é ouro, a nossa mala era estreita demais e não ficava com as rodinhas nas duas rampinhas. Foi tudo meio que no "..conseguimos conquistar com braços fortes..."



Nesta sala de espera, consumi um saquinho de amendoim e uma garrafinha de água. Célia, desesperada em não perder o trem, estava aflita, pois, o número, origem e destino do nosso trem  estavam no painel, porém, a plataforma e o portão não. Lá pelas 1:50h (horário de Moscow), apareceu o número da plataforma e do portão. A questão agora era saber onde era esta plataforma e portão.

Célia, apavorada, colocou as mochilas nas costas e me chamava. Eu, bastante tranquilo, não queria ficar carregando peso à toa e preferi esperar um pouco mais. Célia foi se informar com o guardinha da estação, ele olhou o bilhete dela, olhou o painel e fez gestos para irmos logo. Ele foi muito gentil e nos acompanhou até a entrada do túnel, sim, aquele túnel que vimos logo quando entramos na estação. Desce todas as malas, passa pelo túnel e tchan tchan tchan tchan, mais escadas. Borá lá, afinal, temos braços fortes.



Um comentário:

  1. Faz parte da viagem...eu sei não é fácil, pois fiz isso com a Celinha, em NY, e Canada, mas no final é muito legal.LF

    ResponderExcluir

Resumo de postagens