Desembarcamos em Moscow, malas ok, imigracao ok, saida ok.
Fomos para a rua, surpresa!!! Calor, uma tarde bonita de sol.
A segunda prova comeca agora:
Todas as informacoes: rota para o hostel, endereco, rota de metro, rota de trem, telefone da Olesya que mora em Moscow, enfim, tudo estava no meu lap top. Como a bateria do lap top esta ruim, ele so funciona ligado na tomada. Entao, a primeira etapa da segunda prova seria achar uma tomada no aeroporto.
Ja tinhamos saido do aeroporto, tivemos que entrar novamente e, em Moscow, para entrar no aeroporto, tem que passar as malas pelo raio x.
Saimos a procura da tomada perdida, e realmente elas sao perdidas. So achamos uma tomada, ela estava ocupada com um celular e a dona dele estava de guarda na frente como se fosse um sentinela no quartel.
Toda esta procura era em vao, pois nao tinhamos o adaptador para as tomadas russas, eu sabia que deveriamos ter comprado no aviao. Procuramos por adaptador no aeroporto mas tambem nao achamos.
Celia teve a brilhante ideia de pedir ajuda a um rapaz que utilizava seu lap top. Pedimos a ele que nos ajudasse a encontrar o endereco do hostel. O rapaz foi muito solicito em nos ajudar e falava muito bem a lingua britanica, ele era de Kazaam-Russia. Inclusive, ele escreveu o endereco do hostel em russo em um papel para mostrarmos ao taxista, pois nesta altura ja tinhamos decidido ir de taxi.
Saimos novamente do aeroporto e nos dirigimos para a rua, buscando um taxi.
Voces nao imaginam o que e estar em um lugar onde nao se entende o que dizem e ninguem entende o que voce diz.
Vimos varios taxistas chegando e partindo do aeroporto. Tentei simplesmente a palavra "taxi" para um guardinha do aeroporto, ele simplesmente abriu os bracos como quem dizia: "voce esta vendo algum taxi aqui?"
Avistei um taxi vindo pela rua do aeroporto, acenei com a mao, o carro parou, fui ate a janela e mostrei o papel com o endereco do hostel escrito em russo e perguntei: "How much?" O taxista pegou o celular e digitou: 3000. Como o rapaz do lap top havia nos dito para nao pagar mais do que 1500, eu disse: nao, no, niet. O taxista esbravejou algo em russo, bravo mesmo, foi o meu primeiro esporro forte em russo! Sai dando risadas, contei a Celia, e vieram as gargalhadas.
Enquanto eu tentava um taxi, Celia perguntava a uma jovem que entendia e falava um pouco de ingles. A moca estava com a mae dela, esperando alguem para vir busca-las. As duas se prontificaram em nos ajudar, a moca em ingles e a mae, em russo. A senhora parava os taxis e os questionava dizendo o endereco do hostel, mas voltava sempre com uma expressao negativa no rosto.
Um certo momento, ouvi Celia me chamando e acenando ao lado de um taxi, junto com a moca. Agora sim pensei, deu certo, achamos um taxi que nos levara ao hostel. Ao chegar perto do taxista ele ja tinha embarcado outro passageiro em seu taxi.
A senhorinha, que tentava nos ajudar, falou em russo e foi saindo, com a mesma expressao negativa no rosto, a carona dela havia chegado. Assim, se foi a nossa maior esperanca em conseguir um taxi. Tentamos sozinhos mais algumas vezes, mas sem sucesso.
Olhamos um para o outro e decidimos: vamos de trem mesmo, foda-se, de metro e o escambal.
Entramos novamente no aeroporto, passamos as malas novamente pelo raio x. Quando fui tirar o meu cinto novamente, pois ele tinha uma fivela de ferro, percebi que eu o tinha esquecido na primeira vez que passamos ali. Conclusao, vou ter que comprar um cinto russo.
Nos dirigimos para o balcao de informacoes em busca de um mapa do metro, trem, etc. Foi facil e partimos para a estacao de trem, que tem acesso por dentro do aeroporto. Quase chegando na entrada da estacao, ovimos: "taxi". Paramos e quisemos saber quanto o cara cobraria, estes caras sao taxistas, ou melhor, pessoas comuns que colocam seus carros a trabalhar como taxis, sem registro, sem nada. O cara arriscou um pouco de ingles e conseguimos nos entender, escrevendo no papel, fazendo mimicas, etc. Ele cobrou 1200 rublos, mais barato que qualquer um, ele tinha uma cara muito boa, nos pareceu boa gente e aceitamos.
Conversamos o caminho todo, cada frase demorava 2km para ser entendida, mas foi um bom papo.
Quando o cara disse que se chamava Misha, lembrei do filme: Transiberian, onde um personagem, o Misha, e um traficante sacana que acaba morto. Rsrs.
Enfim, exibi um pouco do meu russo, ele nos mostrou algumas coisas pelo caminho e guiado por um gps, nos deixou na porta do hostel. Misha era realmente muito bacana, morou por 3 meses em nova york trabalhando em uma cozinha de restaurante, ate trocamos nossos facebooks.
Ao chegar no hostel, subimos, fizemos checkin, a recepcionista muito simpatica, fala ingles muito bem, nos mostrou o quarto, bem legal por sinal e fomos conhecer o resto do hostel.
Tem um quintal enorme, uma tenda no fundo, uma casa onde tinham uns artistas, fazendo arte, e claro. Gostamos muito do hostel. Fica ao lado de uma basilica do ano de 1849, do outro lado da rua esta uma das sete torres de Stalyn, Enfim, aprovado.
Fomos ate o metro, pois Anna, recepcionista do hostel, nos indicou uma lojinha para comprarmos o famigerado universal electric adapter, fomos ate la. No meio do caminho, o tempo fechou, pretejou tudo, tempestade de areia nos olhos, comecou a chover forte. Ainda bem que estavamos perto do metro e deu tempo de chegar sem se molhar.
Procuramos pela lojinha, encontramos, mas estava fechada. Resolvemos comprar uns salgados em uma destas lojinhas, parecem box de camelot, menores que os menores boxes do shopping dos importados de Brasilia.
Para pedir os salgados, logo de cara peco desculpas e digo que somente falo ingles, falo nada, mas tanto faz tambem. Aponto para um tipo de pao e mostro 1 dedo, aponto para outro pao e mostro 1 dedo, aponto para o refrigerante e mostro 1 dedo, pronto, assim estao comprados os paes e o refrigerante na russia.
Depois voltamos para o hostel e fomos dormir, estamos precisando de 1 semana de sono ininterrupta.
Seguem algumas fotinhos que tiramos, foram poucas, amanha tem mais.
