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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Beleza é universal

Em homenagem ao poetinha e com o perdão das feias, vamos falar um pouco sobre beleza, que éfundamental. Por onde passamos, as mulheres têm seu encanto. E o olhar dessas moças é o que mais nos salta aos olhos.

Em Dubai, está pra nascer uma mulher que não use delineador e rímel. A impressão que dá é que elas já acordam maquiadas e que se sentiriam nuas sem essa máscara negra. Mesmo as crianças de colo já sabem o que é fazer uso de make up. Devem vir amostrar grátis no kit berçário.

São marcantes os traços, ficam marcantes as mulheres. Com a pele morena, tornam-se figuras fortes. Dependendo da origem e da cultura, usam lenços, terceiro olho, brincos, adornos. Eis a moldura, cada qual com a sua. São belas.

Pela Rússia, as faces são mais delicadas. Chegam a parecer frágeis mesmo. Olhos miúdos, narizes pequenos, um certo ar de timidez. Certo ar. A tês muito clara reforça esse visual.

Tantas as diferenças entre as mulheres de Dubai e da Rússia ao natural que seria árdua a tarefa de encontrar um ponto comum a não ser o de serem simplesmente mulheres. Mas eis que o elo entre esses dois mundos pode ser a maquiagem.


Difícil encontrar uma menina sem seu batom, base, blush, sombra, rímel e lápis (talvez até algo mais) em Moscow ou Yekaterimburg. Difícil entender o porquê de tanta produção sobre o que já é belo.


Os olhos aqui não são fortes como os negros de Dubai. São misteriosos. Sejam azuis, verdes ou castanhos. Os olhares são o ponto da questão. Aqui e acolá. E com tanta diferença visual dos rostos, definitivamente é impossível eleger o mais belo. Seria desdenhar o outro, impossível.   

Cada local tem o direito ao primeiro lugar no pódium. Que sejam feitos, então, muitos pódiums. Pois beleza é universal.

Fotos-Legenda

As fotos abaixo são ainda do trecho Yekaterimbug/Irkutsk. O trajeto foi feito em 49 horas, com direito a pisar em solo firme apenas por alguns minutinhos em algumas estações durante os quase 3,5 mil quilômetros que percorremos.


Realizando um sonho

Irina e Célia

Montanhas

Florestas
Amanhecendo no trem

Local de trabalho dos comissários

Checando tudo direitinho
Irina e Ronaldo

Carga e Descarga

Nova Estação

Fotinha

Mais uma cidade

No fundo, os milicos

E passa por cima do rio

E cruza com vagões de carga

Agora com de passageiros









Pitoresco

casinha

Mais casinhas

Vista da janela





Vilinha

Coisa de interior

Mais paisagem

Curtindo a vista

Hora do banho

Comendo uma lagatixa

Opa, cochilo

Hora das anotações
E o trem leva de tudo

madeira

e o próprio trilho

Dando uma geral para não levar bronca da Irina

Mercado livre

Em uma das paradas, desta vez um pouco mais longa, 30 minutos, compramos pinhões e um tipo de bijú, feito com massa de waffles e com doce de leite dentro, muito gostoso, que os locais vendem à beira das estações de trem.












Voltamos para a nossa cabine e apreciamos a sobremesa russa, tínhamos acabado de almoçar. O tal biju era tão gostoso, que resolvi comprar mais dois. Corri no fundo do vagão e Irina estava de guarda na porta, ela logo esticou os braços não deixando eu sair. Até a escadinha do trem já tinha sido guardada.

As mulheres que vendiam coisas lá fora, já tinham também recolhido seus produtos. Fiz um gesto de "canudo" para Irina, e mostrei uma carinha triste. Ela chamou uma mulher que vendia lá fora e esta correu para perto do trem. Eu dei o dinheiro trocado em moedas e a mulher me deu 2 canudos. O trem partiu devargazinho. Voltei para a cabine feliz da vida, agora já temos sobremesa para o jantar.









Agora vamos tomar um shot de vodka.
tim tim.
Mais um.
Mais ummm.
Masi ums.
Msai mu..
Mu Mais.
Dubai
uah bap lu bu lah bleim blum.

Restaurante privê

A fome bateu. Anastasia e Stlevania nos cederam o lugar à mesa para almoçarmos o nosso fabuloso e delicioso miojo russo. Preparamos o almoço: miojo russo, pão e suco. Stlevania nos perguntou se tínhamos disso no Brasil, dissemos que sim, mas que o daqui é bem melhor, e realmente é, vem mais bem temperado, a própria embalagem é o prato onde se come, e vem com talher de plástico.  Anastasia disse que não gosta. Após o almoço saímos da cabine para o meu tradiconal cigarrinho entre o vagão 01 e a máquina locomotiva, o fumódromo. Conversamos com as duas, conversei também com Vladimir III, o dia foi passando em conversas, cigarros, paisagens, fotografias e pequenas paradas em estações russas. Decidimos tirar uma sonequinha. Foi bom.








À noite, eu e Célia sem sono, resolvemos jogar dados. Ficamos no corredor do vagão por um tempo.
Todas as cabines estavam com suas portas fechadas. Estávamos decididos a ir ao vagão restaurante e ficar por lá jogando, quando Irina, pensando que queríamos jantar, nos ofereceu uma cabine vazia para ficarmos, somente até a estação de Novosinbirsk pois ali poderia subir passageiros para aquela cabine. Aceitamos a cabine e ficamos jogando dados, desta vez Célia me deu uma surra.




Nesta cabine fizemos o nosso jantar, tipo um miojo, só que era purê de batatas com carninha e pão. Célia não comeu pão, pois disse que não combinava, eu pegava uma colher de purê e passava no pão, ficou delicioso, parecia cachorro quente paulistano sem salsicha.







Irina veio nos avisar que tínhamos que sair, pois Novosinbirsk estava chegando. Stlevania desceria nesta estação. Irina foi acordá-la, Stlevania se preparou para descer e fomos acompanhá-la para nos despedirmos. Tiramos algumas fotos da estação e ao voltarmos para a cabine, tínhamos um novo companheiro. Agora éramos eu, Célia, Anastasia e esse novo companheiro. Não teve conversa com ele, a única coisa que ele falou é que ele precisava de um travesseiro. Ele estava procurando na parte de cima da cabine, onde estavam nossas bagagens. Apontei a ele o travesseiro aos pés de Anastasia, que já estava dormindo. Nos deitamos também, tomamos um golinho de vodka e embarcamos quentinho no mundo dos sonhos. O novo companheiro ficou lendo uma playboy russa. Não vou mentir que tive vontade de ler também, mas só as figuras.

Acordamos por volta de 12:00h (horário de Moscow), a esta altura, a diferença de fuso de onde estávamos para Moscow, era de 3:00h. O novo companheiro e Anastasia desceriam na próxima estação, Krasnoiarsk, asssim como Vladimir III. Acompanhamos Anastasia até fora do trem para nos despedirmos, ela nos desejou boa sorte, trocamos contatos, despedimos de Vladimir III, tiramos algumas fotos da estação e da máquina locomotiva do nosso trem e voltamos para o nosso vagão. Agora, em primeira classe novamente, só eu e Célia na cabine 6. A cada pequena parada, nós descíamos do trem, tirávamos fotos, eu fumava meu cigarrinho e voltávamos para a cabine. O dia foi passando assim.














Ah, consegui ligar a tv do Koupe, mas não pega nada...


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