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sexta-feira, 25 de maio de 2012

St. Petersburgo nos aguarda

Dia 25 de maio, dia de deixar Vladivostok para trás, pegar várias horas de voo e ir para St. Petersburgo.

Acordamos conforme o combinado, assim que tocasse o despertador, mesmo tendo ido dormir às 3:00h. O táxi chegou eram umas 7:15h, mas 7:30 já estávamos saindo com o táxi do hostel de Irina.

Fomos para o aeroporto, que é bem longe da cidade. Demorou 1 hora para chegarmos e não tinha muito trânsito, não.

Bom, apenas tiramos uma foto do aeroporto de Vladivostok e fomos fazer o checkin. Tivemos que pagar excesso de bagagem aqui. Como é um voo nacional, a franquia de bagagem é menor, achamos que tivemos que pagar por ter um volume a mais (três no total), mas tudo bem. Em viagens, não se pode esquentar muito com estas coisas. Aliás, ainda achamos que vamos passar por isso também do Rio para Brasília. A conferir.




Foram 10 horas de voo de Vladivostok para St. Petersburgo. Saímos em um avião bem bacana da Aeroflot, telinha com filmes, jogos, etc, como os da Emirates. Esta telinha é tudo em viagens longas de avião, o tempo passa que é uma beleza. Assisti a dois filmes e joguei xadrez, gamão, poker, etc. Célia também se divertiu. Teve 2 refeições neste voo. Tiramos fotos deste primeiro avião pensando que seria o nosso, mas não era. O nosso foi o da segunda foto abaixo. Tirei a foto rapidinho pois veio logo um guarda dizendo que não podia tirar fotos, kkkk, mas eu já tinha tirado, foi só deslligar a câmera e tudo ok.




Pousamos em Moscow, esperamos uns 40 minutos e pegamos outro voo para St. Petersburgo. Este, bem menor, sem telinha de jogos e filmes e com uma refeição bem mais modesta, mas o voo durou somente 1 hora. Fotinho no aeroporto Sheremetyevo de Moscow.



Agora estamos no hostel, descansando. Nem fotos tiramos ainda. Comemos um pouco e vamos tentar regular os relógios biológicos, afnal é uma diferença de 7 horas de Vladivostok para St. Petersburgo. Agora são 20:55h do dia 25 em St. Petersburgo e 3:55h do dia 26 em Vladivostok.

Hoje iremos descansar, amanhã bater perna por St. Petesburgo. Daí eu posto o que fizermos.

Abraços a todos.

Amigos russos, tudo de bom

Retornamos no ônibus de número 49, estava lotado! Passamos no mercado para comprar algumas coisinhas para comer.

Chegamos ao hostel. Tem um corredor grande e, lá no fundo, um balcão, onde fica a recepcionista. Entramos no corredor e fomos em direção ao nosso quarto, olhei para o balcão e não era a mesma recepcionista que nos atendeu pela manhã. Eu disse de longe, "priviet", e entramos no quarto.

Passados alguns minutos, a moça que estava no balcão bateu na porta do quarto, atendemos e ela disse que precisávamos pagar a estadia. Dissemos ok, já tínhamos sacado dinheiro para isso. Fomos até o balcão e, na verdade, a moça era a dona do hostel, ela se chama Irina. Acertamos os dois dias que ficaríamos hospedados ali e ela começou a puxar conversa. Na verdade, o lance de ter que pagar naquela hora era um motivo para nos conhecer.

Irina nos disse para irmos para o nosso quarto, pois ela iria preparar alguns petiscos e levar uma vodka, para nos dar as boas vindas. Ela parecia muito contente em estarmos ali. Nós somos o primeiro casal brasileiro a se hospedar no hostel dela.

Não demorou muito e Irina nos trouxe uns petiscos de parma, azeitonas pretas, uma saladinha de tomates à moda russa e pepinos em conserva. A garrafa de vodka também veio. Bebemos e conversamos mais de horas, tudo à moda russa. Irina é super gente boa e muito alegre. Ela é um mulherão, loira de olhos verdes, muito bonita. Ela queria nos levar para conhecermos partes da Rússia que o turista geralmente não vê. Lugares como florestas e lagos, mas o passeio demoraria, pois são 3 horas de ida e 3 horas de volta, infelizmente não tínhamos tempo.

Irina se foi, mas antes mesmo de dormirmos ela voltou a bater à nossa porta. Desta vez, com uma combuquinha fumegante nas mãos. Abrimos para ver o que era e se tratava de uma sopa de mariscos, camarão, caranguejo e outras coisinhas do mar com queijo e creme de leite. Estava delicioso. Ela fez questão de dizer que era "free", que era apenas para nós conhecermos um pouco da culilnária russa - em especial, de Vladivostok. O caldinho foi ótima pedida para o momento. Fomos dormir de barriga quentinha.

Combinamos ainda de ir no dia seguinte (24/05) a um restaurante japonês de Vladivostok, Irina diz que é o melhor restaurante japonês de Vladivostok. Acordamos no dia 24 e ficamos no quarto do hostel o dia todo. Já que a preguiça tomou conta da gente, resolvemos ficar postando os assuntos do final da transiberiana ao longo do dia.



À noite, Irina e Sergey nos levaram ao restaurante Japonês. Sergey é um grande amigo de Irina. Ele a ajuda no hostel, fica de motorista para ela, etc.

O restaurante japonês a que eles nos levaram, se chama Tokyo. Muito bem decorado, lugar muito agradável e a comida é fantástica, coloca muitos restaurantes japoneses de São Paulo no chinelo. Não temos como competir com eles, o peixe é fresquíssimo e de águas geladérrimas, sabe-se que, quanto mais gelada a água, melhor o peixe. E ainda por cima, estão do lado do Japão. A variedade de tipos de rolls é incrível, tem de tudo que é jeito.

Comemos bastante, até nos fartar, e bebemos uma garrafa de 0,5 litro de vodka. Só o Sergey que não pode beber, pois ele era o motorista da rodada.








Na mesa do restaurante conversamos sobre tudo, Rússia, Brasil, costumes, cidades, viagens, enfim. Em uma destas coversar, comentamos sobre a dificuldade que tínhamos, devido à língua, de pedir comida em restaurantes que possuem o menu somente em russo, em ler os escritos nas latarias dos supermercados, etc. Irina fez, então, questão de nos levar em um supermercado para comprar algumas especiarias típicas da rússia, que o russo costuma comer. E isso era pouco mais de meia-noite.

Saimos do restaurante e lá fomos nós para o supermercado. Irina comprou um peixe defumado, muito bom, já não me lembro o nome, outro peixe fatiado, comprou polvo e mariscos em conserva, caviar vermelho e maionese de batatas. A maionese de batatas, muito semelhante à que fazemos no Brasil, é típica na Rússia, eles adoram. Voltamos todos para o hostel e Irina foi preparar os comes e bebes, apesar de estarmos com a barriga cheia de sushi e sashimi. Ela fez questão que experimentássemos cada uma das especiarias compradas e preparadas à moda russa. Além disso, trouxe pepinos e tomates e conserva, feitos em casa, conforme ela enfatizou.

Bebemos mais um pouco. Desta vez não foi vodka, foi uma bebida que ela apresentou, era como um licor, doce. Sergey, que já não iria mais dirigir, nos acompanhou na bebida. Experimentamos tudo, caviar, peixe defumado, maionese, mariscos, polvo, tomates e pepinos que ela preparou tudo, à moda russa. Eles explicaram que aquela era uma mesa típica das famílias russas em datas comemorativas, como Natal, por exemplo. E que, quando se bebe muito, no dia seguinte já se acorda mais tarde e toma-se a tradicional sopa Borsch, que é basicamente feita de legumes, para rebater a bebedeira.

Irina preparou também o caviar. Em uma fatia de pão, passa-se manteiga e coloca-se um pouco de caviar em cima, ficou muito bom. Eu quis experimentar o caviar sozinho, dei uma garfada nos ovinhos e meti guela abaixo, mas não é muito bom, não. À moda russa fica bem melhor.

Nos despedimos, pois tínhamos que acordar cedo, às 7:00h, e já eram 2:30h da manhã. Irina reservou um táxi para nos levar ao aeroporto e fomos dormir.

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