como previsto na tábua de horários do trem, chegamos em Yekaterinburgo às 17:15, horário de Moscow, aqui são 2 horas a mais.
Sergey e Vadim nos acompanharam até a saída da estação de trem.
Sergey se despediu dizendo que iria para casa e que Vadim nos levaria até o ponto de bonde, onde pegaríamos o de número 21 ou 27. Quase no ponto de bonde, Vadim nos alerta, this is the yours! nos despedimos rapidamente, agradecemos e corremos para o bonde. Perguntamos sobre o endereço do hostel para a cobradora do bonde e ela nos indicou que seria na 3ª parada.
Descemos do bonde no local indicado e seguimos pela rua Korolenko, procurávamos o número 5. Perguntamos em russo a uma moça que passava, ela respondeu e disse que nos acompanharia até as proximidades do hostel. Ela arranhava um pouco de inglês e foi conversando conosco. Nos deixou na quadra do hostel, Korolenko nº 5 e nos desejou boa estada na Rússia. Ela foi muito gente boa, gentil e prestativa.
Chegamos na porta do hostel, avistamos escadas. O nosso quarto ficava no 3 andar, tínhamos um peso considerável de bagagem, mas fazer o quê? Subimos, colocamos as malas no quarto e fomos apresentar os passaportes na recepção. Kátia, a recepcionista, ficou com nossos cartões de registro de estada na Rússia, feitos no hostel Basílica de Moscow. Kátia disse que não precisaríamos pagar pelo registro, e que temos que registrar em todas as cidades pelas quais passarmos. No de Moscow, hostel Basílica, nos cobraram para este registro e disseram que valia por todo o período na Rússia. Vai entender, mas tudo bem.
Tudo certo com os documentos, fomos ao mercado comprar o jantar.
No caminho de volta, um arco íris nos desejou as noas vindas à Yekaterinburgo.
De volta ao hostel, jantamos, tomamos vodka e postamos tudo isso que vocês leram.
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Segundo dia de trem
Acordamos as 10:00h de um sono muito tranquilo, dormimos muito bem no trem. Levantamos e fomos lavar os rostos, escovar os dentes e preparar o café da manhã: nescafé e waffer de chocolate.
Estamos na estrada agora, são 13:00h. Vladimir está almoçando seu macarrão instantâneo com pãozinho, chá, e, é claro, um copinho de vodka.
Decidimos fazer o mesmo.
Pelo caminho, muitas paisagens bucólicas.
A chuva chegou.
O túnel passou.
O trem fez uma parada para a troca de locomotiva. Sinal de que estávamos perto da famosa linha divisória invisível que separa a Europa da Ásia, a Eurásia, conforme Sergey nos explicou.
Estamos na estrada agora, são 13:00h. Vladimir está almoçando seu macarrão instantâneo com pãozinho, chá, e, é claro, um copinho de vodka.
Decidimos fazer o mesmo.
Pelo caminho, muitas paisagens bucólicas.
A chuva chegou.
O túnel passou.
O trem fez uma parada para a troca de locomotiva. Sinal de que estávamos perto da famosa linha divisória invisível que separa a Europa da Ásia, a Eurásia, conforme Sergey nos explicou.
Post da Célia
Pedi para o Ronaldo me deixar escrever um post também. Eu até o ajudo aqui e ali, mas a idéia, a criação e os textos são dele. Só quero uma carona e a carona é para dizer o quanto estou orgulhosa dele. Definitivamente, o estudo do alfabeto cirílico foi fundamental para esta viagem. Tudo bem que o Ronaldo não tem muito vocabulário russo, mas ele consegue decifrar as palavras e, quando elas se assemelham a uma palavra em inglês, português, francês ou espanhol, ufa, é um alívio.
Ele também é capaz de identificar algumas palavras trocadas por dois russos durante uma discussão. Para mim, soa apenas como o incompreensível russo de sempre.
É preciso dizer que Ronaldo continua empenhado em aprender -eu tô mais relax, descansando a cabeça mesmo. Ele já incrementou o vocabulário. Depois das primeiras "aulas" com Olesya, Vladimir o ajudou bastante e os dois conseguem travar diálogos até longos durante a viagem de trem. É muito interessante observar: um pouco de russo, um pouco de mímica, muita vontade de trocar experiências e, voilá, a comunicação se faz.
Basicamente era isso o que eu queria dizer neste momento sobre esta rota incrível que estamos fazendo. Eu e Ronaldo aproveitamos para deixar um pra lá de atrasado feliz dias das mães à dona Laura e à dona Helena. É que em viagem a gente perde a noção do tempo.
Queremos deixar também um especial feliz aniversário à Dô, Tita, nossa tia querida, que fica mais velha hoje.
Ele também é capaz de identificar algumas palavras trocadas por dois russos durante uma discussão. Para mim, soa apenas como o incompreensível russo de sempre.
É preciso dizer que Ronaldo continua empenhado em aprender -eu tô mais relax, descansando a cabeça mesmo. Ele já incrementou o vocabulário. Depois das primeiras "aulas" com Olesya, Vladimir o ajudou bastante e os dois conseguem travar diálogos até longos durante a viagem de trem. É muito interessante observar: um pouco de russo, um pouco de mímica, muita vontade de trocar experiências e, voilá, a comunicação se faz.
Basicamente era isso o que eu queria dizer neste momento sobre esta rota incrível que estamos fazendo. Eu e Ronaldo aproveitamos para deixar um pra lá de atrasado feliz dias das mães à dona Laura e à dona Helena. É que em viagem a gente perde a noção do tempo.
Queremos deixar também um especial feliz aniversário à Dô, Tita, nossa tia querida, que fica mais velha hoje.
Uma cena
A noite chegou era 9:40, horário de Moscow. Fomos ao vagão
restaurante levando o jogo de dados que o nosso amigo Alexandre trouxe do peru,
país que ainda iremos visitar. Ficava meio impossível saber o que era o que no cardápio
todo em russo, por isso pedimos apenas uma cerveja.
Ficamos ali, no vagão restaurante, que é muito bonito e bem
decorado. Estávamos jogando o nosso jogo de dados quando passou por nós um
russo. O cara estava chapadão, a comissária do restaurante começou a brigar com
ele. Ela estava nervosa, mandando ele ir embora. Pelo que percebemos, achamos
que ele estava querendo fumar ali mesmo mas não é permitido fumar no vagão
restaurante. A comissária foi empurrando o cara para o final do vagão
restaurante, onde ficam os vagões dormitórios (platz), e o cara ia gritando e
dando risadas, uma cena cômica
Pedimos mais uma cerveja, só que de outra marca. As cervejas
russas são muito boas, são bem suaves. Célia ganhou a primeira partida de
dados, eu ganhei as outras duas, YEAHHH!!!! Nos dirigimos para a nossa cabine
e fomos dormir. Spykunie Notche.
Entrosamento
Célia puxou conversa com o nosso vizinho de cabine, Sergey,
Russo, nativo de Yekaterinburgo. Sergey falava um pouco de inglês, perguntou de
onde éramos, para onde iríamos e também o porquê de escolhermos passar as
férias nesta viagem. Já é a segunda pessoa que nos faz esta pergunta. Aqui no
trem temos que procurar o que fazer. Eu estou escrevendo, enquanto a Célia
estuda o guia da Rússia.
Sergey é muito gente boa também, nos deu várias dicas sobre Yekaterinburgo
e até fez um desenho em nosso caderninho de anotações para explicar como chegar
até o hostel de bonde. O amigo que acompanhava Sergey, Vadim, pegou seu laptop
e traçou a rota da estação até o hostel e nos mostrou. Os dois eram super
solícitos.
A fome bateu. Decidimos preparar o nosso rango, um delicioso
macarrão instantâneo. Na foto da embalagem, tinha um pedaço de carne de
carneiro de mais ou menos 150g, cenoura,
1 fatia de tomate brilhante e saborosa. Abrimos o pacote e nos surpreendemos, o
lance já vem com um garfinho de plástico, a própria embalagem já é o recipiente
onde se come, e vem 3 saquinhos: um com um molho e a carne, outro com as verduras
e outro com o tempero. Muito melhor do que o nosso famoso miojo. Mas como nem
tudo é maravilha, a realidade não correspondeu às fotos da embalagem. As
verduras eram desidratadas e minúsculas, mais ou menos uns 10g, o molho e carne
não passavam de 20g, o tempero era bom.
Os primeiros de 10.000 km de trem
Eu, Célia e Vladimir resolvemos tirar uma soneca. Dormimos
mais ou menos uma hora e meia. Acordamos em Vecóvka (Bekobka).
O trem faz esta
primeira parada de 25 minutos. Nesta estação vários ambulantes vendiam seus
produtos. Havia todo tipo de coisa: copos de vidro, taças, pratos de comida
pronta, flores de vidro, estatuetas de gatinhos. Havia até furões e esquilos
empalhados, além de minilustres de vidro, como os de teatro.
Os vendedores ficavam andando ao lado do trem e oferecendo
seus produtos aos passageiros. Descemos para tomar um pouco de sol, tiramos
algumas fotos, como esta em que Célia está com o bouquet de flores de vidro nas
mãos.
Continuamos a nossa viagem e houve mais paradas, só que de 2
minutos, rapidinhas. Em uma delas eu tirei fotos de uma locomotiva antiga.
Após o banho de sol, decidimos pedir à Olga 2 canecas (dica do Vladimir) para tomarmos café solúvel.
A paisagem é linda, passamos por várias cidadezinhas e
vilas, com suas casinhas de madeira. Passamos também pelo rio Oka.
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