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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Quase lá.


Ainda no dia 10 de maio, pela manhã, percebemos que o visto da Célia é válido até o dia 30 de maio e que o nosso voo de volta ao Brasil é no dia seguinte, 31 de maio. Dessa forma, Célia estará ilegal na Rússia por um dia. Olesya disse que poderemos ter problemas com isso. Ela nos sugeriu que, quando formos de Vladivostok para São Petersburgo, no aeroporto mesmo, procuremo o consulado para sabermos o que temos que fazer. Acreditamos – Olesya também – que será simples, apenas questões burocráticas.

Estávamos a uma hora de embarcar no trem. Ficamos ali, os três, meio que enrolando para não nos despedirmos, para aumentar ao máximo o tempo juntos. Olesya ainda insistiu para esperar a hora de entrarmos no trem, mas já era abuso demais da nossa parte. A despedida, inevitável e dolorida, foi feita regada a lágrimas. Todos de olhos vermelhos e narizes escorrendo.  

Agradecemos de todo o nosso coração o apoio de Olesya e a sua amizade. Mas é a vida e temos que seguir em frente. Dizem que há pessoas que passam por nossa vida e outras que ficam para sempre. Olesya é uma das pessoas que ficarão para sempre em nossas vidas.

Pegamos as mochilas e malas, fomos procurar o número do portão do nosso trem, o 82. Perguntei a um guarda da estação, mostrando a passagem, e dizendo: “port” (порт, em russo).  O guarda resmungou em russo e he (nâo em russo) deu para eu entender.

Um passageiro da estação, ouvindo aquilo tudo, tentou me ajudar. Olhou minha passagem e eu dizia: “port”. Ele c ompreendeu e me mostrou um painel luminoso na parede no outro lado da estação. Nesse painel havia o número do trem, destino e o número do portão de embarque.  Agradeci em russo: “spaciba”(спасибо em russo) e chamei Célia para comer alguma coisa. 
 
Paramos em uma barraquinha dentro da estação , escolhemos um salgado cada um apontando o dedo, mas, desta vez, já estávamos com o nosso russo avançado. Apontamos o dedo e dissemos: “adin” (um em russo) e complementamos com “spaciba”. Queríamos beber algo também. Como vimos um jovem bebendo chá ao lado da barraquinha, dissemos té, ti e tea, mas não funcionou. 

Apontei o dedo para o copo de chá  do rapaz. O mesmo logo percebeu a dificuldade com a língua e nos ajudou dizendo ao balconista: “chai”. Este mesmo rapaz nos ajudou a dispensar um mendigo que chegou pedindo dinheiro. Penso que ele deve ter dito ao mendigo que somos estrangeiros e que não entendíamos a língua russa. O mendigo resmungou algo e foi embora.


Comemos o nosso salgado, bebemos o chai e nos dirigimos ao portão 1. O trem 82 já estava lá, era o nosso trem. `Pedimos a duas moças russas que tirassem uma foto nossa ao lado do trem. Tudo em mímicas. Elas entenderam, tiraram a foto e pediram o mesmo. 

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