No dia 10 de
maio, acordamos às 8h30. Olesya iria nos encontrar às 10 horas em nosso hostel.
Ela vai conosco até a estação de trem (nosso último pedido) e nos ajudar a
comprar as passagens de todos os trechos que planejamos para a rota
Transiberiana. Desta forma, as nossas pedras no caminho serão bastante
reduzidas.
Olesya
chegou no horário marcado. Pedi que Ana, recepcionista do Hostel, chamasse um
táxi para nós. O carro chegou em 10
minutos e tiramos algumas fotos da nossa saída do hostel. Entramos no carro e
partimos para a estação de trem. Ao chegarmos na Estação, Olesya se informou
onde eram os caixas para comprarmos as passagens. Ela está sempre de bom humor
e muito prestativa.
Na noite
anterior, anotamos no nosso caderninho todos os horários dos trens que tínhamos
planejado no Brasil. As anotações eram bem completas: destino e origem, horário
de saída e de chegada com horário de Moscow e local, fuso-horário e tempo de
viagem de cada trecho. Pedimos a Olesya que tentasse conseguir trens seguindo o
planejamento original.
Quase todas
as passagens foram conseguidas sem alterações de horário. Apenas o trecho de
Ulan-Ude até Vladivostok é que teve o horário alterado em relação ao nosso
plano original. Sairemos uma hora após, mas chegaremos duas horas antes. Deve
ser por causa das diferenças de velocidades dos trens.
Outra coisa
que alteramos do plano original foi a classe das cabines. Planejamos, no
Brasil, fazer todos os trechos em segunda classe. Isto é, uma cabine para
quatro pessoas (com dois beliches).
O primeiro trecho de Moscow e
Yekaterimburgo leva 28 horas. Este, nós compramos em cabines de segunda classe,
os chamados koupe.
O segundo trecho, de Yekaterimburgo até Irkutsk, leva 49 horas
e também será feito em cabine de segunda classe.
O terceiro –
de Irkutski a Ulan-Ude – leva 8h59. Neste trecho, compramos em terceira classe.
A terceira classe é um vagão que não tem cabines. As camas são dispostas por
todo o vagão. É o chamado Platz.
O quarto trecho (de Ulan-Ude a Vladivostok)
leva 78h24min e optamos pelos vagões de primeira classe, pois assim teremos a
experiência completa nas acomodações dos trens russos e ficaremos mais
confortáveis durante o trecho mais longo da viagem, com quase 4 mil quilômetros.
Tudo
decidido, Olesya conseguiu comprar todas as passagens para nós sendo bem fiel
ao planejamento original. Enquanto ela pedia informações e conversava com a
moça da bilheteria – que só fala russo -, eu e Célia ficávamos imaginando como
seria passar por essa etapa sem essa ajuda. Naquele momento nos parecia
impossível.
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